I N T R O D U Ç Ã O

Você já sabe as peças necessárias à montagem de um PC. A configuração escolhida dependerá da aplicação que terá o computador. Aqui vão algumas dicas importantes.

Identifique para que o computador vai ser utilizado. Dependendo da aplicação, poderá ser necessária uma configuração mais avançada. PCs para aplicações simples como processamento de texto e acesso à Internet podem utilizar vídeo onboard, terem processadores mais simples, uma modesta quantidade de memória e um disco rígido de capacidade média. PCs utilizados para aplicações profissionais devem ter uma placa de vídeo melhor, de resolução mais alta, e com recursos 3D, caso sejam usados para aplicações de engenharia, CAD e computação gráfica em geral. Esses PCs também precisam de processadores velozes e generosas quantidades de memória, bem como um disco rígido de alto desempenho. É fundamental o uso de um dispositivo de backup, já que em uma aplicação profissional, dados perdidos poderão representar um grande prejuízo. PCs para serem utilizados com jogos 3D de última geração devem ter uma configuração também avançada, parecida com a dos PCs para uso profissional, e preferencialmente deve ter uma boa placa de som com áudio 3D.

Qualidade dos componentes

Outra questão importante é a qualidade dos componentes utilizados. Existem no mercado brasileiro, componentes de alta qualidade e preços mais elevados, e também componentes de qualidade inferior e preços mais baixos. Se quiser mais detalhes sobre as melhores marcas e modelos, consulte o nosso Guia do comprador de PCs, em www.laercio.com.br.

Eletricidade estática

Por melhor que seja a qualidade dos componentes, tudo pode ser colocado a perder se eles não forem manuseados corretamente. Todos os dias, milhares de chips, placas, discos rígidos, memórias e outros componentes são danificados por descargas eletrostáticas (ESD). Veremos portanto neste capítulo, os cuidados que você deve tomar para não danificar as peças do computador com a eletricidade estática.

Dificuldades mecânicas

Quem sabe montar um PC, a princípio sabe montar todos. Existem pequenas diferenças em relação ao formato do gabinete. Encontramos gabinetes horizontais e verticais (também chamados de desktop e torre, respectivamente), existem diferenças nos métodos de fixação da placa de CPU, na disposição interna dos drives. Felizmente a diversidade de gabinetes não resulta em dificuldades muito grandes, e para a felicidade dos montadores de PCs, a maioria das etapas da montagem são idênticas. De qualquer forma, antes de detalhar a montagem de PCs, faremos uma apresentação dos principais tipos de gabinetes, o que tornará a montagem ainda mais fácil.

As etapas da montagem

Dividimos a montagem do PC em etapas independentes. São elas:

1) Preparação da placa de CPU, gabinete e drives

Nesta etapa vamos instalar as memórias, o processador e o cooler, além de revisar os jumpers da placa de CPU. Desta forma não precisaremos fazer alterações depois que a placa estiver instalada no gabinete.

2) Fixação da placa de CPU no gabinete

Veremos aqui os diferentes métodos usados para fixar a placa de CPU no gabinete. Existem os espaçadores plásticos e os parafusos metálicos, existem formas diferentes de posicionar a placa, dependendo do tamanho do gabinete.

3) Fixação dos drives e do disco rígido

Drive de disquetes, disco rígido, drive de CD-ROM e até um ZIP Drive interno, devem ser aparafusados ao gabinete. Todos esses drives possuem furos laterais para a colocação dos parafusos que os prenderão ao gabinete.

4) Fixação das placas de expansão

Esta é a hora de fixar a placa de vídeo, caso a placa de CPU não utilize vídeo onboard. Certos conectores auxiliares que acompanham algumas placas de CPU também devem ser instalados nesta etapa. Recomendamos que placas de som, modem e rede sejam instaladas depois da instalação do sistema operacional.

5) Conexão dos cabos

Cabos flat que interligam as diversas placas e drives, bem como os cabos de alimentação e demais cabos envolvidos são ligados nesta etapa.

6) CMOS Setup

Aqui declaramos a data e a hora, os parâmetros do disco rígido e várias opções de funcionamento do hardware.

7) Formatação do disco rígido

Somente depois de realizadas a partição e a formatação lógica o disco rígido estará pronto para receber dados, inclusive para a instalação do sistema operacional.

8) Ajustes finais

Esta é a hora de configurar o display digital, organizar os cabos e checar se tudo está funcionando. O computador estará pronto para a instalação do sistema operacional.

Logo começaremos a apresentação dessas etapas da montagem, mas antes vamos aos tópicos preliminares, sem os quais toda a montagem pode ser colocada a perder.

Cuidado com a eletricidade estática

O computador novinho em folha já veio com alguns problemas de mau funcionamento. O outro, depois de alguns meses de uso, passou a apresentar defeito na memória. Qual é o usuário que nunca viu essas coisas acontecerem? Esses são apenas alguns exemplos de problemas inexplicáveis existentes em PCs novos ou com poucos meses de uso. As descargas eletrostáticas (ESD) que ocorreram quando os componentes foram tocados com as mãos pelos vendedores, técnicos e usuários, foram as responsáveis por esses defeitos. Tais problemas seriam evitados se essas pessoas tomassem os devidos cuidados, o que por sinal não dá trabalho algum. Vejamos então o que são as descargas eletrostáticas, os problemas que causam e como evitá-las.

Como ocorrem as descargas eletrostáticas

As descargas eletrostáticas ocorrem quando tocamos placas e chips com as mãos. Quando o vendedor coloca uma placa na vitrine, ou quando cola e escreve aquela etiqueta da garantia, ou quando ele retira ou coloca uma placa, chip ou disco rígido na embalagem. Ocorre quando o técnico ou o usuário segura as peças para fazer a instalação. Os vendedores e técnicos deveriam tomar cuidado. Afinal as peças que estão manuseando não pertencem a eles, e sim ao usuário que irá comprá-las.

O que são as descargas eletrostáticas

Todos se lembram de um belo dia, lá por volta da sexta série do primeiro grau, quando na aula de ciências é apresentada uma experiência com eletricidade estática. Esfregamos uma caneta nos cabelos ou no casaco, tornando-a eletrificada. A caneta passa a atrair para si, pequenos pedacinhos de papel. Os elétrons acumulados na caneta são os responsáveis por esta atração. Quaisquer materiais, quando friccionados entre si, produzem quantidades maiores ou menores de eletricidade estática. Ao se levantar de uma cadeira forrada com material plástico, retirar um casaco de lã ou mesmo ao andar por um carpete, o corpo humano acumula cargas suficientes para gerar uma tensão de alguns milhares de volts. Certamente você já deve ter tomado algum dia, um choque ao abrir a porta de um automóvel, ou mesmo uma porta comum. Tensões estáticas superiores a 3000 volts são percebidas por nós, na forma de um pequeno choque. Tensões mais baixas não chegam a provocar choques, por isso tendemos a não acreditar nas descargas eletrostáticas. Para danificar um chip de memória ou um processador, bastam algumas dezenas de volts.

Os estragos causados pelas descargas eletrostáticas

Descargas eletrostáticas podem causar dois tipos de falhas: catastróficas e latentes. As falhas catastróficas são as mais fáceis de serem percebidas. A placa, chip ou disco rígido simplesmente não funcionam, mesmo quando novos. O usuário compra um módulo de memória, o vendedor o toca com as mãos. Talvez tenha queimado. O usuário vai instalar o módulo e a memória não funciona. Sendo imediatamente percebida esta falha, o usuário pode ir à loja e solicitar a troca (azar do dono da loja). As falhas latentes são bem piores. O equipamento funciona aparentemente bem, mas depois de alguns meses, semanas ou até dias, a falha é manifestada, de forma permanente ou intermitente. Se ocorrer fora do período de garantia, o azar será do usuário.