Etapa 1: Preparação da placa de CPU, gabinete e drives

Começamos agora a montagem propriamente dita. Esta é uma etapa mais de preparação do que de montagem. Mãos à obra!

1) Abra o gabinete, o que normalmente é feito pela remoção de parafusos locali­zados na sua parte traseira.

Figura 11.10

Abrindo o gabinete.

 

 

 

2) Conecte a fonte de alimentação na chave liga-desliga (nos gabinetes AT). Normalmente esta conexão já vem feita de fábrica, mas caso não esteja feita, use as instruções existentes na etiqueta da fonte de alimentação para ligar os 4 fios da chave liga-desliga.

Figura 11.11 - Ligando a fonte de alimentação AT na chave liga-desliga do gabinete. Na fonte de alimentação existe uma etiqueta com as instruções.

3) Conecte o display do gabinete na fonte de alimentação.

Figura 11.12 - Ligação do display na fonte de alimentação.

 

 

 

4) Identifique os conectores do painel do gabinete: Reset, Speaker, etc. Normalmente os nomes estão indicados no conector interno, mas caso não estejam, será preciso seguir os fios até o painel para descobrir qual é o Reset, qual é o Speaker, etc.

Figura 11.13

Identificando os conectores do painel.

 

 

 

5) Separe os manuais das placas, do gabinete e do disco rígido.

6) Identifique no manual da placa de CPU onde estão explicadas as cone­xões do painel frontal do gabinete. Identifique na própria placa de CPU quais são esses pontos de conexão.

Figura 11.14

Instruções para conectar o painel do gabinete na placa de CPU.  

 

7) Identifique no manual da placa de CPU onde está explicado o CMOS Setup.

8) Separe os parafusos que acompanham o gabinete. A maioria deles recai em duas categorias distintas, que aqui chamamos de Classe 1 e Classe 2.

Figura 11.15

Parafusos do gabinete.

 

9) Correlacione os furos existentes no gabinete com os furos existentes na placa de CPU. Identifique quais furos usarão parafusos hexagonais e quais usarão espa­çadores plásticos. Coloque espaçadores plásticos nos furos apropriados da placa de CPU. Note que existem alguns espaçadores plásticos que possuem rosca na parte inferior, como se fossem parafusos de plásticos. Esses espaçadores devem ser instalados no gabinete, e a placa de CPU será posteriormente encaixada sobre eles.

Figura 11.16

Furos do gabinete.

 

10) Prenda no gabinete os parafusos hexagonais que irão fixar a placa de CPU.

Figura 11.17

Fixando os parafusos hexagonais.

11) Retire todas as 8 lâminas que tampam as fendas da parte traseira do gabinete, para que possam ser alojadas as placas de expansão. Em al­guns casos, esta pro­vidência pode não ser necessária, pois alguns fa­bricantes fornecem as lâminas em separado, dentro da caixa onde ficam os parafusos e demais acessórios.

Figura 11.18

Retirando as lâminas traseiras do gabinete.

 

 

 

12) Com a ajuda de uma chave de fenda, abra as fendas localizadas na parte tra­seira do gabinete, próprias para a fixação dos conectores das interfaces seriais e da paralela (nos gabinetes AT).

Figura 11.19

Fendas para os conectores das portas seriais e paralelas.

 

 

 

13) Configure os jumpers da placa de CPU que definem o clock interno e externo, e a voltagem do processador. Cheque se os demais jumpers da placa pre­cisam ser reconfigurados. Habilite o jumper que ativa o fornecimento de cor­rente da bateria para o CMOS.

Figura 11.20

Configure os jumpers da placa de CPU.  

 

14) No caso de placas de CPU para processadores em forma de cartucho (Slot 1 ou Slot A), faça a montagem das bases de sustenta­ção do processador e do dissipador.

Figura 11.21

Mecanismo de sustentação do cartucho.

 

 

 

15) Instale o processador no seu soquete.

Figura 11.22

Instalando o processador.

 

 

 

16) Acople o cooler no processador. Aplique um pouco de pasta térmica entre o processador e o cooler.

Figura 11.23 - Cooler acoplado no processador.

17) Identifique no manual da placa de CPU onde é explicada a instalação de me­mórias. Instale as memórias na placa, de acordo com as instruções do seu manual. Preencha inicialmente o banco 0, normalmente indicado como DIMM-0 no manual da placa de CPU.

Figura 11.24

Instale as memórias.

 

18) Identifique na placa de CPU os conectores nos quais serão encaixados cabos flat. São os conectores das interfaces IDE e da interface de drives. No caso de placas de CPU padrão AT, existem ainda os conectores da interface paralela e das seriais. Observe que existem dois conectores IDE, e caso você utilize apenas uma das interfaces IDE existentes na placa de CPU, deve ser dada preferência à interface primária. Em todos os conectores que receberão cabos flat, identifique a posição do pino 1, através de inspeção visual direta ou através do diagrama desenhado no manual da placa de CPU.

Figura 11.25

Conectores IDE e do drive de disquetes.

 

19) Identifique os cabos flat que você irá usar: o da interface IDE, o da inter­face de drives, das seriais e da paralela. Observe o fio vermelho de cada um desses ca­bos, que deverão corresponder ao pino 1 dos res­pectivos conectores.

Figura 11.26

Cabos flat IDE.  

 

20) Identifique no drive de disquetes, no disco rígido e no drive de CD-ROM, a posição do pino 1 de seus conectores. Isto pode ser feito por inspeção visual direta. No caso do disco rígido, podemos ainda consultar o seu manual, onde normalmente existe um desenho que traz, entre outras informações, a localização do pino 1.

Figura 11.27

Verifique a posição do pino 1.  

 

21) Teste os parafusos que serão usados para fixar o drive de disquetes, o disco rígido e o drive de CD-ROM. Basta colocar os parafusos nas suas partes laterais. Feito isto, separe esses parafusos para que sejam usados no momento da fixação.

Figura 11.28

Teste os parafusos.

 

 

22) Teste os parafusos que serão usados para fixar as placas de expansão. Basta colocá-los nos seus locais e depois retirá-los. Separe-os para que sejam usados no momento oportuno.

Figura 11.29

Teste os parafusos para fixar as placas de expansão.  

23) Identifique os conectores que partem da fonte de alimentação. Observe que existem conectores de 4 pinos para alimentar os drives e o disco rígido. No caso de fontes AT, existem dois conectores de 6 pinos para alimentar a placa de CPU. No caso de fontes ATX, a placa de CPU é alimentada por um conector de 20 pinos. As fontes ATX12V possuem ainda dois conectores adicionais, um para 12V e outro para as tensões de +5V e +3,3V. Este tipo de fonte é mais usada em PCs equipados com o Pentium 4, mas estão se tornando bastante comuns e usadas também em outras plataformas.

Figura 11.30

Conectores da fonte de alimentação.

 

24) Cuidado para não cortar as mãos nas arestas metálicas do interior do gabinete.

25) Muitas fontes de alimentação possuem na sua parte traseira uma chave seletora 110 volts / 220 volts. Posicione esta chave de acordo com a vol­tagem da sua rede elétrica. Se você esquecer este detalhe poderá perder muito tempo quebrando a cabeça, ou na pior das hipóteses pode queimar a fonte e as placas do computador.

Figura 11.31

Chave 110/220.

 

26) Em muitos gabinetes existe um display digital que serve para indicar o clock do pro­cessador. Entretanto, este display não é um medidor de clock, ou seja, não mos­tra de forma automática o clock. O que o display faz é exibir números fixos. Cabe ao montador do PC, a responsabilidade de programar os números que serão exibi­dos no display. Esta tarefa é um pouco complicada e demorada, por isto, po­demos a princípio deixar o display com os números vindos de fábrica, e pro­gramá-lo depois que tudo esti­ver funcionando. Não se preocupe, pois a exibição de números errados no display não irá afetar em nada o funcionamento do computador, já que o display é apenas um enfeite. No final deste capítulo daremos exemplos de programação de displays.

27) Será preciso abrir caminho para introduzir a placa de CPU. Em gabine­tes hori­zontais, podemos em geral colocá-la no lugar sem obstrução de partes do gabi­nete. Em gabinetes tipo mini-torre, em geral será preciso retirar uma das tampas da sua parte inferior, através da remoção de pa­rafusos (figura 32). Em certos modelos de gabinete, a tampa inferior é fixa, mas a peça onde são alojados o disco rígido e o drive de disquetes é removível, através de um parafuso (figura 33). Finalmente, existem gabinetes torre que possuem uma tampa lateral removível. Esta tampa é removida para permitir a fixação da placa de CPU (figura 34). Uma vez fixada a placa de CPU, esta tampa é aparafusada novamente ao gabinete. Existem ainda casos de gabinetes muito espaçosos que não requerem nenhum tipo de remoção para dar passagem à placa de CPU. Você deverá observar o seu gabinete e verificar se a placa de CPU pode ser introduzida diretamente ou se é preciso abrir caminho através de um dos métodos mostrados aqui.

Figura 11.32

Retirando a tampa inferior do gabinete torre para dar espaço à introdução da placa de CPU.

 

 

 

Figura 11.33

Removendo o painel interno dos drives de 3½” para dar espaço à introdução da placa de CPU.

 

 

Figura 11.34

Gabinete torre com tampa lateral removível.  

 

28) No caso de gabinetes AT, ligue o display na fonte de alimentação. Feito isto, você poderá ligar a fonte na rede elétrica e ligar o gabi­nete. Verifique se o display digital está aceso. Não se preocupe com o número que for mostrado. Caso o display acenda, significa que tanto o display como a chave liga-desliga estão corretamente acoplados à fonte. Feito este teste, desligue o gabinete e desconecte a fonte da rede elé­trica.

29) É muito importante lembrar que a montagem deve ser feita com o compu­tador desligado da tomada. A tomada deve ser ligada na rede elétrica ape­nas ao término da montagem. Se for necessário alterar alguma conexão, devemos, antes de mais nada, desligar o computador através da chave liga-desliga. Para uma segurança ainda maior, podemos desligar a tomada da rede elétrica. Qualquer conexão ou remoção de placas, cabos e chips deve ser realizada com o computador desligado.

Interior dos gabinetes

Nesta primeira etapa da montagem, você já estará lidando com o gabinete. Existem gabinetes de vários tipos e tamanhos. Essas diferenças são um pequeno obstáculo para quem quer aprender a montar um computador, mas não chega a ser uma dificuldade séria. Apesar de todas as diferenças, os diversos modelos de gabinetes são bastante parecidos. Os principais tipos de gabinetes são:

AT horizontal
AT mini-torre
AT midi-torre
AT torre grande
ATX horizontal
ATX mini-torre
ATX midi-torre
ATX torre grande

Quando um gabinete é muito compacto, a montagem não chega a ficar difícil, porém é mais trabalhosa. Ficamos com menos espaço para trabalhar, e freqüentemente precisamos retirar peças para ter acesso às placas e conectores. Por exemplo, em certos gabinetes é preciso retirar a fonte de alimentação para ter acesso ao processador.

 Figura 11.35 - Diferenças entre um gabinete horizontal e um vertical.

A figura 35 mostra a diferença básica entre um gabinete horizontal e um vertical. Quando o gabinete vertical é colocado na posição deitada, ele fica com uma disposição muito semelhante à do modelo horizontal. Em ambos os casos, a parte esquerda é usada para alojar a placa de CPU e as placas de expansão. Na parte direita temos a fonte de alimentação (parte traseira) e os locais para a instalação do drive de CD-ROM, drive de disquetes e disco rígido (parte frontal).

Figura 11.36 - Diferenças entre modelos AT e ATX

Também bastante sutis são as diferenças entre gabinetes AT e ATX. A figura 36 mostra dois modelos bastante parecidos. Observe que o modelo ATX possui uma fenda na sua parte traseira, na qual será encaixado o bloco de conectores existente na placa de CPU ATX. Também são diferentes as formas de ligar a fonte de alimentação AT e a fonte ATX. A fonte AT é ligada através de uma chave liga-desliga da qual partem 4 fios que vão diretamente à fonte. A fonte ATX é ligada através de uma chave de baixa corrente, da qual partem dois fios com um pequeno conector que é ligado na placa de CPU. Você poderá ainda ficar surpreso ao encontrar uma combinação bastante estranha, a princípio: gabinete AT com fonte ATX. Eles são destinados a placas de CPU padrão AT que possuem dois conectores de alimentação, sendo um AT e outro ATX. Este tipo de placa pode portanto ser alimentada por uma fonte ATX, mesmo sendo instalada em um gabinete AT.

Figura 11.37

Conectores de alimentação AT e ATX na mesma placa de CPU.

 

 

Muitas vezes os gabinetes compactos oferecem dificuldades para a instalação da placa de CPU. Em alguns modelos mini-torre é preciso remover uma tampa inferior. Em outros casos é preciso retirar a bandeja na qual são fixos o drive de disquetes e o disco rígido. Em outros casos é preciso remover a chapa lateral do gabinete, na qual é montada a placa de CPU. Esses três casos foram mostrados nas figuras 32, 33 e 34 da seção anterior.

A figura 38 mostra um outro caso. Trata-se de um gabinete mini-torre ATX, muito baixo para comportar ao mesmo tempo a placa de CPU e a fonte lado a lado. Para que ficasse bem compacto, seu fabricante optou por colocar a fonte sobreposta à placa de CPU. Desta forma é preciso retirar a fonte de alimentação para ter acesso ao processador e às memórias.

Figura 11.38 - Neste gabinete é preciso retirar a fonte de alimentação para ter acesos ao processador.

Gabinetes verticais são produzidos com diversas alturas. A diferença entre eles é bastante sutil. O compartimento para a instalação das placas é o mesmo. O que varia é o número de locais para a instalação de drives. Nos gabinetes maiores, os drives e a fonte de alimentação podem ficar mais afastados da placa de CPU. A figura 39 mostra um gabinete torre tamanho grande (full tower). Além de apresentar maior espaço interno, este gabinete possui locais para instalação de vários drives, além de locais para instalação de ventiladores adicionais.

 Figura 11.39 - Gabinete torre grande.

Como vemos, existem muito mais semelhanças que diferenças entre os vários modelos de gabinetes. Por isso quem está acostumado a montar PCs com um tipo de gabinete, certamente terá facilidade para fazer o mesmo com outros tipos de gabinetes.

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