A nova versão do Windows tem interface criada para tablets, mas funciona também nos desktops e notebooks, inclusive com a interface tradicional. Confira detalhes.

O Windows vem sendo melhorado a cada versão, mas a experiência básica de uso continua a mesma desde o 95: barra de tarefas na parte inferior, menu Iniciar no canto inferior esquedo, as janelas, o Windows Explorer, etc. Isso não é ruim: criou um padrão no sistema, facilita o aprendizado e uso.

As apps recebem aprimoramentos a cada versão (o Explorer do Windows XP é melhor do que o do 98, para citar só um exemplo), mas nada tão diferente. O Windows XP não é tão diferente do 2000, embora tenha tido recursos significantes (tema visual, menu Iniciar melhor, suporte a jogos e gráficos melhores do que no NT4/2000, etc). O Windows Vista veio pesado com o visual que seria melhor aproveitado depois, no Windows 7. Mas mudanças radicais na experiência de uso? Nada de tão novo. Até agora.

Tela de entrada do Windows 8. Parece estranha, mas vendo o vídeo você entenderá.
E verá que a barra de tarefas, menu Iniciar, etc, não vão morrer :)

O Windows 8 veio para mudar isso: a Microsoft trabalha numa nova interface. Ela é baseada no conceito do Windows Phone, que usa quadrados ou retângulos para os botões em vez de ícones, e telas deslizantes para os lados, para alternar entre os programas ou expandir painéis. Isso deve tornar a experiência do Windows bastante interessante nos tablets. O Windows 8 terá versão para processadores ARM e deverá equipar tablets de grandes marcas, concorrendo direto com o iOS da Apple e o Android, do Google. Veja a interface do Windows Phone, como ela inspirou a tela do Windows 8 mostrada na abertura:

Esses botões grandes são excelentes para telas de toque. Essa é a chave. Qualquer computador pode usar uma tela de toque, existem muitos terminais que usavam até pouco tempo atrás o Windows 98 e usam uma tela de toque, que simula o mouse. Todavia, a experiência não é boa se a interface do ambiente não for projetada para isso. É fácil você clicar no Iniciar ou nos menus Arquivo, Editar, Exibir, e em icones pequenos… com um mouse, mas… e com o dedo? É desgastante e demorado. Com frequencia clica-se nos lugares errados… Já no Windows 8 isso tudo vai ser bem natural. Confira o vídeo de divulgação oficial da Microsoft:

O Windows 7 tem alguns recursos que aproveitam melhor o reconhecimento de toques, como a movimentação das janelas e os botões grandes na barra de tarefas. No Windows 8, com a interface inspirada no Windows Phone (botões grandes), o uso dos dedos para manipular as aplicações será bem melhor. Isso corrige uma das maiores deficiências do Windows no mundo dos tablets: o Windows 7 (ou XP, etc) pode até funcionar em notebooks “conversíveis”, mas a experiência de uso fica bem longe de um tablet fino, com Android ou o iPad. A outra deficiência era o suporte a processadores ARM, que normalmente consomem pouca energia e reinam nos tablets e smartphones.

Logo que vi as imagens e comecei ver o vídeo fiquei assustado. Pensei, poxa, como vou usar o Filezilla e as pastas do Explorer, arrastando arquivos para ela ou para meu editor de textos? Bom, a nova interface rodará por cima, unificada ao Explorer tradicional.

A barra de tarefas continuará presente. O suporte aos programas comuns, também (não sei nos tablets com ARM, afinal há uma dificuldade já que as instruções x86 não são compatíveis com ARM).

Se você usa aplicações atuais, a interface antiga será a base do trabalho, mas isso não impedirá o uso de aplicações mais específicas criadas especialmente para o Windows 8. Diferente do que muitos pensavam, a interface de toque será normal no Windows 8 nos desktops também, uma vez que pode ser acessada com um mouse, como comentado no vídeo.

As novidades não ficam só na interface. Será possível criar aplicações baseadas em HTML 5, as quais vou me recusar até a morte chamar de aplicações – programa de verdade é formado por código compilado, não interpretado :)

Mais imagens do Windows 8

Abaixo algumas imagens tiradas do vídeo:

Planilhas… Veja que, apesar da tela de abertura, o ambiente clássico está disponível:

O Windows Explorer e arquivos também:

Note que o Windows Explorer recebeu aprimoramentos interessantes, baseados na interface Ribbon do Office 2007/2010 – confirmando telas de uma compilação vazada anteriormente.

A base da interface é arrastar as telas para os lados… E isso se aplica também ao caso da interface clássica, que fica num quadro isolado entre os outros:

Teclado virtual, que não faz sentido em desktops exceto em casos específicos, mas tem tudo a ver com telas de toque:

O teclado pode ser dividido em duas partes, facilitando a digitação com as duas mãos sem precisar ficar levando a mão para o centro da tela: